Consumo excessivo de álcool pode afetar a visão
Ao pensar no consumo excessivo de álcool, é comum relacionar a questões ligadas ao fígado, ao coração e até mesmo ao cérebro. No entanto, esse tipo de hábito também afeta a saúde dos olhos, gerando perda de qualidade de visão.
Durante a pandemia do novo coronavírus, o consumo de álcool cresceu entre os brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead) houve um crescimento de 38% nas vendas de bebidas alcoólicas nas distribuidoras nacionais desde o início do isolamento social. Nos mercados, o aumento nas vendas foi de 27%.
Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que 18% dos brasileiros aumentaram a ingestão de bebidas alcoólicas nesse período. O índice foi ainda maior (26%) na faixa etária de 30 a 39 anos.
Efeitos do álcool na visão em curto prazo
Em curto prazo, as bebidas alcoólicas são capazes de diminuir a percepção de contraste dos olhos. Isso acontece, principalmente, em momentos de transição de claridade, como no final da tarde, onde fica mais difícil identificar contrastes diferentes.
Essa condição altera a noção de espaço e de profundidade e acontece enquanto o álcool está no organismo. Entretanto, mesmo em curto espaço de tempo é possível observar essa sensação se tornando mais permanente, dessa forma, a visão fica mais difícil.
Efeitos do álcool na visão em médio e longo prazo
Em médio e longo prazo, os efeitos da bebida alcoólica na visão tendem a ser mais intensos. Ao estar com o organismo alcoolizado, os olhos ficam com mais dificuldade de focalizar a imagem e torná-la nítida.
Assim, os músculos precisam trabalhar mais, se desgastam de maneira mais intensa e o mecanismo é afetado mais rapidamente. Casualmente, isso torna permanente os problemas relacionados à percepção de profundidade e distância, já que os músculos perdem capacidade de acomodação e adaptação.
Excesso de álcool causa Neurite Óptica
Também conhecida como neuropatia óptica tóxica, a doença é uma dificuldade de percepção de cores e na redução do campo visual, influenciando a visão noturna.
Um agravante é a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, as “batizadas”, que contribuem para elevar o risco da doença. Isso porque estes produtos apresentam falhas nos processos de fermentação e destilação, aumentando a proporção de metanol na mistura. Este composto químico é tóxico para os tecidos nervosos, incluindo o nervo óptico e o sistema nervoso central.
Existem consequências mais graves à saúde dos olhos
Além dos problemas citados, a saúde dos olhos pode ficar comprometida e ainda mais grave.
O álcool pode ajudar a “absorver” a lubrificação natural dos olhos, levando à síndrome dos olhos secos, consequentemente, isso pode causar lesões na córnea e dificultar a visão de uma maneira progressiva.
O risco de glaucoma também fica mais elevado com o consumo abusivo do álcool e, sem o devido tratamento, o dano no nervo óptico pode ser irreversível. Portanto, o ideal é manter o equilíbrio na ingestão do álcool e manter os cuidados com a visão.
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Fontes
Sociedade Brasileira de Lente de Contato