Dia do Óptico – Saiba mais sobre este profissional
Dia 13 de dezembro é conhecido como o Dia do Óptico, importante profissional do ramo. Mas você sabe a história do Óptico ou qual sua função?
A data homenageia os profissionais responsáveis pelas óticas, lojas especializadas na venda de produtos e demais instrumentos destinados ao cuidado e prevenção da visão humana.
Um dado curioso é que neste mesmo dia é comemorado pelos católicos o Dia de Santa Luzia, considerada a santa padroeira da visão. Há quem acredite que, por conta disso, o dia 13 de dezembro foi escolhido como o Dia do Óptico.
O que faz um Óptico
Não é difícil encontrar quem confunda o Óptico com um Oftalmologista, porém as funções são diferentes. Clique nesta matéria para saber detalhadamente o que faz um médico oftalmologista.
O Óptico é um profissional responsável por manusear os instrumentos e acessórios indicados pelo oftalmologista, a fim de auxiliar o paciente a encontrar o melhor caminho para tratar sua visão. Por exemplo: lentes de contato e óculos.
Como uma espécie de consulta, o óptico tem como especialidade a capacidade de avaliar e examinar a visão, podendo atuar em diferentes ramos, como:
- Laboratórios de surfaçagem
- Montagem de óculos
- Consultoria nos centros de adaptação de lentes de contato
- Representante comercial de empresas do segmento óptico
História da Óptica
A visão, a refração e a reflexão da luz são fenômenos que sempre atraíram o ser humano. Durante a antiguidade, o termo ocularium era utilizado para designar os orifícios feitos nos elmos que protegiam a cabeça dos soldados para que pudessem enxergar. A palavra “óculos” é derivada do termo ocularium.
Durante o século IV a.C., Euclides escreveu a Óptica, com a ideia de que o tamanho dos objetos era determinado pelo ângulo sob o qual eram olhados.
Apenas no século XII, a Europa se voltou ao estudo de visão de objetos. O primeiro par de lentes com arcos de ferro unidos por rebites foi descoberto na Alemanha, durante o século XIII.
Essas armações montadas com um par de lentes eram utilizadas para a leitura religiosa, para que melhorassem sua “visão de perto”. Este primeiro modelo era elaborado em forma de uma letra “V” invertida, com duas lentes presas por um rebite, apoiando-se no dorso do nariz sem as hastes laterais.
Os primeiros comerciantes de óculos eram geralmente joalheiros. O conhecimento técnico de ourivesaria e lapidação de joias foi fundamental para eles. Os óculos eram encarados como um instrumento técnico e também como uma joia, e seu custo era alto. Eram fabricados principalmente em Veneza, como afirma o historiador italiano Trasselli.
A chegada dos livros impressos estimulou a aptidão literária, e tivemos um incremento na produção de óculos, que passaram a ser encarados como um símbolo de sabedoria.
Sem dúvida Galileu Galilei deu um grande impulso no desenvolvimento da óptica no início do século XVII, apresentando o telescópio no alto da torre da Igreja de São Marcos, em Veneza.
Em 1606, na cidade de Florença, o português Filipe Montalto difundiu a utilização das lentes côncavas para a miopia.
No Brasil, a abertura das ópticas ou de seções de ópticas nas joalherias e relojoarias deu-se principalmente no início do período republicano.
O antigo oculista mecânico ou científico – o atual optometrista – era um profissional raro e muito requisitado, que durante todo o século XIX atendia uma pequena parcela da população brasileira, composta por membros da elite alfabetizados.
No início do século XX, houve aumento no número de escolas à procura de óculos. Para resolver a questão do receituário para os óculos de grau, a Casa Fretin trouxe para São Paulo o Sr. John, um optometrista norte-americano, que passou a realizar consultas e aplicar todos os exames necessários para receitar óculos de grau.
Assim temos registro da descoberta da óptica no mundo e no Brasil, e o surgimento dos optometristas e depois dos oftalmologistas e a evolução dos produtos ópticos.