Tudo que você precisa saber sobre daltonismo
O daltonismo, também conhecido como discromatopsia ou cegueira parcial das cores, é um distúrbio visual no qual há a incapacidade de percepção das cores primárias (azul, vermelho e amarelo). Em casos mais raros, caracteriza-se pela ausência total de cor. Estima-se que 16 milhões de brasileiros sofrem com o problema, sendo que é mais comum entre homens.
Descoberta
O daltonismo passou a ser conhecido em 1798, tendo recebido este nome em homenagem ao químico inglês John Dalton, responsável pelo primeiro estudo publicado sobre a anomalia ocular, a qual ele mesmo era portador.
Pesquisas realizadas desde então determinaram que o olho humano é capaz de distinguir mais de 150 tons de cores diferentes. No entanto, esse número é menor nos portadores de daltonismo, pois não diferenciam suas misturas.
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A principal causa do Daltonismo é fator genético, já que a doença visual está ligada ao cromossomo X. Outros fatores também podem influenciar no surgimento, como lesões neurológicas, tumores cerebrais, esclerose múltipla e alcoolismo crônico.
Normalmente, o diagnóstico de daltonismo é feito na idade escolar. Portanto, pais e professores devem ficar atentos caso a criança apresente dificuldade em distinguir cores. Para chegar ao resultado, são feitos alguns exames, como o teste de cores de Ishihara, que consiste em cartões pontilhados com várias tonalidades e letras ou números desenhados no centro. O daltônico tem dificuldade para enxergar o que está no meio da figura.
O daltonismo não tem cura, mas não é um empecilho e permite levar uma vida normal. Para auxiliar no dia a dia, existem óculos e lentes especiais que melhoram a percepção das cores. Também é possível utilizar ferramentas feitas de filtros coloridos que permitem distinguir melhor as tonalidades.
Tipos
Ao contrário do que muita gente pensa, existem diversos tipos de daltonismo:
- Monocromacia: tipo raro de daltonismo, afeta os três receptores de cores que possuímos. Também chamado de visão acromática, limita os daltônicos à distinção do preto, do branco e dos tons de cinza, ocorrendo, assim, apenas a percepção da luminosidade, sem a presença de cores.
- Dicromacia: trata-se da redução ou da deficiência total de um dos receptores de cor. Esta variação de daltonismo, também pode apresentar deficiência em dois tipos de receptores e causar a distinção em somente uma das cores em geral, o verde ou o vermelho.
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A dicromacia se apresenta das seguintes formas:
- Protanopia: tipo mais comum de daltonismo, caracteriza-se pela ausência dos receptores protan, impossibilitando que o daltônicoreconheça tons vermelhos e seus derivados. A pessoa enxerga em tons de bege, marrom ou cinza. O vermelho e o verde tendem a ser semelhantes e as cores aparentam ser mais escuras do que realmente são.
- Deuteranopia: trata-se da ausência dos receptores deuteran, que impossibilita identificar os tons de verde. Semelhante à protanopia, o daltônico também enxerga em tons de marrom.
- Tritanopia: tipo raro entre as dicromacias, caracteriza-se pela ausência dos receptores tritan, impossibilitando o daltônico de identificar tons de azul e de amarelo. Nesse caso, os daltônicos veem as cores em tonalidades diferentes, semelhantes ao rosa-claro.
Tratamento e cura
O daltonismo não apresenta piora, mas ainda não existe cura ou tratamento específico. Porém, existem algumas medidas que podem melhorar as limitações de visão dos pacientes.
Em caso de dúvida, procure um oftalmologista o mais rápido possível!